terça-feira, 29 de outubro de 2013

Vida na panela

A vida precisa de uma pitada de uma porção de coisas. Tem sabor doce, amargo, azedo, salgado, apimentado. Há quem prefira pratos prontos, há quem prefira os próprios preparos. Existem os que arriscam o paladar e se abrem a experiências novas.

Parece que passamos o tempo inteiro buscando medidas. Quanto de adrenalina? Quanto de privação? Quanto de energia? Quanto de felicidade? Quanto de tristeza? Quanto de superação? Quanto de um pouco de tudo?

Tanto na panela da vida pessoal quanto na da vida profissional, cheguei à conclusão de que o menos incerto é não seguir receitas. Nada é premeditado. Deve-se misturar todos os ingredientes naquela manha do olho, mesmo. Falta aqui, completa ali. Sobrou lá, então é só corrigir. E essa há de ser a receita sem receita da vida. Experimentar, sempre. É a única regra e o que me parece proceder da melhor forma - ao menos até o presente momento.

Eu resolvi me lançar a novos sabores desta vez. Troquei, inclusive, o caderno de receitas. Os preparos que ficaram para trás chegaram a ficar passados, sem gosto. De jornalista, passei a me arriscar nas entrelinhas do fogão para ver no que dá. Em vez de corrigir o português, passei a me atentar a corrigir o sal. E, claro, quiçá um blog possa ser uma boa intersecção entre os dois.

E nasceu o tempero das palavras.


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