quarta-feira, 5 de março de 2014

Cozinhar é surpreender, sempre

É apaixonante a forma como a cozinha pode cativar pessoas.

Há quase um mês, convidei amigos para saborearmos algumas receitas diferentes. Elaborei um cardápio simples, com petiscos e com algumas das coisas que aprendi a preparar na Bruschetteria onde trabalhei em Joinville. Encarei o simples evento como uma responsabilidade. Pensar nas opções a serem servidas, em como servi-las, nas quantidades, nas combinações entre uma opção e outra... foi um pequeno desafio de iniciante. Para respeitar a limitação de alguns dos convidados, propus que as bebidas fossem apenas sucos, e tive a ideia de fazer gelos coloridos de frutas (tanto para refrescarem os copos como para misturarem os sabores conforme a preferência de cada um). Super prático e diferente.



E, pasmem! O que mais agradou o paladar de todo mundo foi o confit de tomatinhos cereja. Super fácil de se fazer! E é claro que o resultado final depende da sensibilidade e do conhecimento de cada um sobre temperos, mas a receita é praticamente misturar tomatinhos cereja cortados ao meio com três partes de açúcar para cada parte de sal, azeite, ervas frescas como alecrim, tomilho e sálvia, uns dentinhos de alho cortados ao meio e levar tudo isso ao forno a 180 ºC por aproximadamente meia hora. O confit pode ficar guardado na geladeira por até uma semana. É ótimo para acompanhar massas, arroz, saladas, pizzas e o que mais a criatividade permitir.


segunda-feira, 25 de novembro de 2013

[re]Leituras


Parte do livro que já me cativou a leitura. Trata-se de um dos textos introdutórios. Esse foi escrito por Andoni Luiz Aduriz - chef e proprietário do restaurante Mugaritz - para o "escoffianas brasileiras", emprestado a mim pela chef da Tre Bruschetteria. Tenho tido a sorte de encontrar pessoas dispostas a compreender e a ensinar. As pedras do caminho ficam mais leves assim!

terça-feira, 29 de outubro de 2013

Vida na panela

A vida precisa de uma pitada de uma porção de coisas. Tem sabor doce, amargo, azedo, salgado, apimentado. Há quem prefira pratos prontos, há quem prefira os próprios preparos. Existem os que arriscam o paladar e se abrem a experiências novas.

Parece que passamos o tempo inteiro buscando medidas. Quanto de adrenalina? Quanto de privação? Quanto de energia? Quanto de felicidade? Quanto de tristeza? Quanto de superação? Quanto de um pouco de tudo?

Tanto na panela da vida pessoal quanto na da vida profissional, cheguei à conclusão de que o menos incerto é não seguir receitas. Nada é premeditado. Deve-se misturar todos os ingredientes naquela manha do olho, mesmo. Falta aqui, completa ali. Sobrou lá, então é só corrigir. E essa há de ser a receita sem receita da vida. Experimentar, sempre. É a única regra e o que me parece proceder da melhor forma - ao menos até o presente momento.

Eu resolvi me lançar a novos sabores desta vez. Troquei, inclusive, o caderno de receitas. Os preparos que ficaram para trás chegaram a ficar passados, sem gosto. De jornalista, passei a me arriscar nas entrelinhas do fogão para ver no que dá. Em vez de corrigir o português, passei a me atentar a corrigir o sal. E, claro, quiçá um blog possa ser uma boa intersecção entre os dois.

E nasceu o tempero das palavras.